Estudar o futuro requer habilidade especial no contato com o ambiente externo em suas diferentes matizes temporais e em suas complexas multidimensões. A partir de novos horizontes, internalizamos novos modos de pensar e adotamos novos comportamentos.
Tem sido esse o movimento exploratório dos futuristas e de todos os que desejam aprender a transitar pelas mudanças. Só que essas mudanças estão num movimento hiperacelerado, provocando o que Alvin Toffler, um dos ícones do futurismo mundial, já havia previsto na década de 70 do século 20: o choque do futuro.
Estamos diante de mudanças intensas em tempos curtos. A sociedade pós-industrial tem passado por esse choque com sérios efeitos colaterais no seu aparelho psíquico. Proliferam as doenças pós-modernas, provocadas por níveis de ansiedade e distúrbios psiquiátricos sem precedentes.
O choque do futuro é um fenômeno relacionado com o tempo, um produto do ritmo grandemente acelerado das transformações que ocorrem na sociedade. — Alvin Toffler
São os efeitos da transitoriedade das relações não só entre as pessoas como também entre pessoas e coisas. São tempos de modernidade líquida, como diz o filósofo Zygmunt Bauman.
Numa era em que se propagam e aplaudem as mudanças exponenciais e se profetizam caminhos de abundância pelos gênios da tecnologia mundial, ao mesmo tempo se escondem ou se ignoram as debilidades psicológicas que crescem a cada dia frente à incerteza e à falta de clareza de onde estamos saindo e para onde estamos indo.
Para potencializar esse choque, profetas da era digital trabalham para instalar o medo e atrofiar o potencial imaginativo de quem está perdido, em busca de uma luz no horizonte no meio das nuvens dessa transição.
Diante dessa transição nublada, precisamos urgentemente começar a olhar para o futuro de dentro para fora. Somos a única espécie biológica que foi capaz de destruir grande parte dos recursos ecológicos externos, assim como também somos a única espécie capaz de olhar para a nossa ecologia interna.
Como estamos respondendo às mudanças? Como nos relacionamos com o mundo? O que somos? O que fizemos? Como estamos? O que queremos? Para onde vamos?
O que fazer diante do mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo)? Apenas assistir às mudanças ou fazê-las acontecer? Para fazer a mudança desejada acontecer, não há outro caminho senão o de acessar com vigor nosso mundo interior, o qual tem sido pouco explorado no Futurismo atual.
Houve tempos em que no palco do mundo, grandes futuristas como Oliver Markley (que quando estudei Futurismo em Houston, EUA, foi meu professor de “futuros visionários” e “métodos intuitivos”), Jean Houston, Eleonora Masini, Duane Elgin, Willis Harman, Elise Boulding, Hazel Henderson (minha eterna mentora no tema da sustentabilidade e economia colaborativa), Riane Eisler e Barbara Marx Hubbard iluminavam os caminhos do nosso porvir e nutriam corações e mentes com fé no ser humano.
Mas essas luzes foram cedendo espaço a fenômenos sombrios e radicalmente externos da alta tecnologia e suas promessas de salvar o mundo e nos tornar imortais.
Quem pode salvar o mundo somos nós, não são os robôs. Porque as mudanças benignas começam no despertar interior de cada ser humano com todo o seu potencial transformador. Só poderemos ser imortais se nos reinventarmos como seres humanos e mudarmos nossa relação com o Planeta. Nosso potencial é infinito mas está sendo sub-explorado no mundo digital.
Por acreditar que a mudança legítima é aquela que operamos de dentro para fora, criei uma experiência inédita no Futurismo, que vai explorar todo o potencial da experiência humana em sua capacidade de reinvenção e criação de futuros desejáveis, identificando oportunidades para criar novas profissões e estilos de vida.
Nos dias 18 e 19 de julho, em São Paulo (SP), o Workshop Futurismo Pessoal vai oferecer dois dias de imersão para quem deseja se apropriar do futuro e protagonizar uma vida criativa.
Seja qual for a sua situação atual, provavelmente esteja querendo algo mais. Nesses dois dias, você irá aprender a se antecipar ao que está por vir, despertar o seu potencial inovador, conectar-se com o seu propósito, responder criativamente às mudanças.
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As mais incríveis inovações do século 21 virão desse novo ser humano que poderá renascer das cinzas do passado e transformar em fogueira as primeiras faíscas do futuro, fortalecido pela informação, aliado com as tecnologia, revigorado pela conexão com o todo.